João Paulo II já é beato
01 de Maio de 2011, 12:07
Bento XVI beatificou esta manhã o papa João Paulo II, a penúltima etapa para o reconhecimento como santo, gesto sublinhado por palmas e gritos de cerca de um milhão de pessoas presentes no Vaticano.
Durante a missa que decorreu na Praça de São Pedro, o atual Papa proclamou a fórmula de beatificação, em latim, afirmando responder a um pedido “da diocese de Roma, de muitos outros irmãos no episcopado e muitos fiéis”.
A mesma fórmula permite que “o venerável servo de Deus, João Paulo II, papa, possa ser de ora em diante chamado beato”.
Pouco depois do início da celebração, o cardeal Agostino Vallini, vigário-geral para a diocese de Roma, apresentou o pedido de beatificação e elencou alguns traços biográficos do novo beato, na qual lembrou a sua “rica personalidade” e o tempo como “operário” sob o regime nazi, entre 1940 e 1944”.
A leitura da biografia, entrecortada pelas manifestações dos presentes, apresentou de João Paulo II como um papa capaz de “escutar e dialogar” não com os católicos, mas também com as “Igrejas cristãs”, os “crentes no único Deus” [referência a judeus e muçulmanos] e os “homens de boa vontade".
O rito prosseguiu com a colocação das relíquias – uma ampola com sangue de João Paulo II – junto ao altar, transportadas por duas religiosas, a irmã Tobiana, assistente pessoal do papa polaco, e a irmã Marie Simon-Pierre, cuja cura da doença de Parkinson, considerada miraculosa, encerrou o processo de beatificação.
Depois da proclamação do novo beato, o cardeal Vallini agradeceu a Bento XVI, novamente em latim, e juntamente com o postulador vai saudar o papa, terminando assim este momento.
Apenas no final da missa volta a haver um momento específico da beatificação, quando o papa e os cardeais se deslocarem para dentro da basílica a fim de cumprirem o que é descrito como um “ato de veneração” diante da urna de João Paulo II, colocada em frente ao altar principal.
Este gesto será repetido pelos bispos e as autoridades presentes que assim o desejarem, estando depois a basílica aberta aos participantes na cerimónia.
Além dos peregrinos, estão no Vaticano cerca de 90 delegações oficiais, incluindo 16 chefes de Estado, como a Itália, Polónia e o Zimbabué, com o presidente Robert Mugabe.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, representa o Executivo português na cerimónia de beatificação de João Paulo II, acompanhado pelo embaixador de Portugal junto da Santa Sé, Manuel Tomás Fernandes Pereira.
Na segunda-feira, na Praça de São Pedro, às 10:30, será celebrada uma eucaristia em honra do novo beato, presidida pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano.
A sepultura dos restos mortais de João Paulo II no andar principal da basílica vai ser feita de forma privada, no mesmo dia, na capela de São Sebastião, localizada na nave da basílica do Vaticano, junto da famosa 'Pietà' de Miguel Ângelo.
Durante a missa que decorreu na Praça de São Pedro, o atual Papa proclamou a fórmula de beatificação, em latim, afirmando responder a um pedido “da diocese de Roma, de muitos outros irmãos no episcopado e muitos fiéis”.
A mesma fórmula permite que “o venerável servo de Deus, João Paulo II, papa, possa ser de ora em diante chamado beato”.
Pouco depois do início da celebração, o cardeal Agostino Vallini, vigário-geral para a diocese de Roma, apresentou o pedido de beatificação e elencou alguns traços biográficos do novo beato, na qual lembrou a sua “rica personalidade” e o tempo como “operário” sob o regime nazi, entre 1940 e 1944”.
A leitura da biografia, entrecortada pelas manifestações dos presentes, apresentou de João Paulo II como um papa capaz de “escutar e dialogar” não com os católicos, mas também com as “Igrejas cristãs”, os “crentes no único Deus” [referência a judeus e muçulmanos] e os “homens de boa vontade".
O rito prosseguiu com a colocação das relíquias – uma ampola com sangue de João Paulo II – junto ao altar, transportadas por duas religiosas, a irmã Tobiana, assistente pessoal do papa polaco, e a irmã Marie Simon-Pierre, cuja cura da doença de Parkinson, considerada miraculosa, encerrou o processo de beatificação.
Depois da proclamação do novo beato, o cardeal Vallini agradeceu a Bento XVI, novamente em latim, e juntamente com o postulador vai saudar o papa, terminando assim este momento.
Apenas no final da missa volta a haver um momento específico da beatificação, quando o papa e os cardeais se deslocarem para dentro da basílica a fim de cumprirem o que é descrito como um “ato de veneração” diante da urna de João Paulo II, colocada em frente ao altar principal.
Este gesto será repetido pelos bispos e as autoridades presentes que assim o desejarem, estando depois a basílica aberta aos participantes na cerimónia.
Além dos peregrinos, estão no Vaticano cerca de 90 delegações oficiais, incluindo 16 chefes de Estado, como a Itália, Polónia e o Zimbabué, com o presidente Robert Mugabe.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, representa o Executivo português na cerimónia de beatificação de João Paulo II, acompanhado pelo embaixador de Portugal junto da Santa Sé, Manuel Tomás Fernandes Pereira.
Na segunda-feira, na Praça de São Pedro, às 10:30, será celebrada uma eucaristia em honra do novo beato, presidida pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano.
A sepultura dos restos mortais de João Paulo II no andar principal da basílica vai ser feita de forma privada, no mesmo dia, na capela de São Sebastião, localizada na nave da basílica do Vaticano, junto da famosa 'Pietà' de Miguel Ângelo.
@Lusa