JESUS DE NAZARÉ

terça-feira, 26 de abril de 2011


Terça-feira, 26 de Abril de 2011

A tradição que perdura e se mantém: Visita Pascal – Compasso e Almoço do Juiz da Cruz!!!

A tradição que perdura e se mantém: Visita Pascal – Compasso e Almoço do Juiz da Cruz.
Decorreu com todo o brio, dignidade, religiosismo e tradição 
o compasso o almoço-convívio do Juiz da Cruz desta Vila Termal 
de Caldas de São de Jorge.
Durante todo o ano, Quaresma, Semana Santa, 
Tríduo Pascal e Páscoa se preparou e vivenciou
a Festividade da Páscoa deste Ano 2011.
Celebração cheia de sentido e significado cristão em toda a Igreja 
e apanágio desta Comunidade e das suas gentes.
Que o digam a celebração do Tríduo Pascal, 
mormente a Missa da Ressurreição às 7.30 horas da manhã 
do dia de Páscoa na Igreja Matriz seguida da majestosa Procissão da Ressurreição 
tanto do gosto como da tradição e devoção das suas gentes!
Depois são as vistas pascais aos domicílios 
e famílias das cruzes do compasso que dão um ambiente festivo,
alegre, comunicativo e peculiar às ruas, 
lugares desta Vila Termal de Caldas de São Jorge.
A culminar e como corolário de tão histórico  evento vem o Almoço-Convívio do Juiz da Cruz com uma multidão de convivas e convidados representativos de toda a Vila Termal previamente preparado e servido em restauração adequada.
 
Mais uma vez o Juiz da Cruz primou pelo Serviço e Iniciativa 
na pessoa do Senhor António José de Pinho e da sua Esposa Dona Fernanda, coadjuvados por todos os participantes e intervenientes nas acções acima referidas particularmente pelos seus filhos, noras e netos.
De salientar a presença do Senhor António Pereira Pinheiro  
que conjuntamente com a Dona Maria de Lurdes, sua Esposa
e família assumiram idêntica iniciativa no Ano de 2012.
Constituíu surpresa e novidade a escolha e a aceitação 
da idêntica  tarefa para o ano 2013 por parte do Senhor Manuel Fernandes Costa 
e Sua Esposa Dona Maria Albertina de Oliveira, 
conjuntamente com a anuência dos seus quatro filhos cheios de juventude 
e dinamismo aceitam tão prestigiosa e histórica missão e tarefa. 
 
Bem hajam todos particularmente o jovem Manuel Francisco Costa 
que por terras helvéticas se encontra em tarefa de trabalho,
emprego  
e como emigrante. 
Muita sorte, felicidade e alegria!
ATM

MUITO BOM!

A Pascoela vem aí, como aconteceu há muitos anos.
 
 
Eu sempre me lembro dos mordomos de opas vermelhas andarem, aí um mês antes, a correr os lugares para lhes darem esmola para S. Bento.
Lá vinha a minha mãe com uma garrafa de azeite, uma tigela de milho ou uma chouriça.
“Que S. Bento lhe aceite por esmola” ao que ela respondia “e a vocês as passadas”.
A perspectiva da chegada desse dia enchia-nos de entusiasmo.
Os luxos no que toca a vestuário e calçado apareciam. O alfaiate trabalhava de serão e madrugada. O Silvino, não dava mãos a medir. Era a 1.ª e a 2.ª prova.
Os alinhavos para tirar, o ferro a carvão, o petromax para alumiar…
No dia da festa os homens e rapazes vestiam a rigor: fato e gravata, bolsos com amêndoas para adoçar a boca das raparigas. Elas, por sua vez vestiam à moda, mais viradas para o Verão nas suas roupas.
A Pascoela porém ainda gosta e gostou sempre de trazer ali um pedaço do clima invernoso. Desta maneira o frio, vem entrar pelas sedas e instala-se no corpo.
À missa solene ia toda a gente. A parte religiosa terminava com a procissão onde o padroeiro S. Bento ia a abençoar o povo.
Seguia-se o arraial. As famílias levavam os farnéis e às vendas, ali instaladas, também iam buscar o vinho e bebidas. Entre duas pedras faziam fogueiras e da panela de barro saía o café quentinho em tigelas colocadas sobre uma pequena mesa. Os folares, partidos aos bocados acompanhavam o café.
O sino de bronze e os foguetes, a música da banda filarmónica, as pessoas vindas de longe eram atracção.
Vendiam-se ofertas em leilão – bolas, chouriças eram ofertas para S. Bento.
Se chovia era pior. Reinavam os chapéus abertos, mas se o sol brilhava era com pena que o víamos desaparecer no horizonte.
A Pascoela, no mesmo local, tem hoje outras condições. Ninguém leva farnel porque há restaurantes e bares.
A Pascoela é um ponto de referência na vida das gentes sambentonenses. O grupo “Pedras Soltas” traz ideias e inovações e a parte religiosa é preparada por sacerdotes, a equipa que rege a freguesia.
A Pascoela está quase aí!
Quantas gerações por ali têm passado e quantos, como eu, recordam, dias destes de um passado já distante.
E nós estaremos lá, se Deus quiser. Os que não podem estar, uma lágrima de saudade descerá do seu rosto. A nossa terra está sempre dentro de nós. Acompanha os nossos dias.