A Pascoela vem aí, como aconteceu há muitos anos.
Eu sempre me lembro dos mordomos de opas vermelhas andarem, aí um mês antes, a correr os lugares para lhes darem esmola para S. Bento.
Lá vinha a minha mãe com uma garrafa de azeite, uma tigela de milho ou uma chouriça.
“Que S. Bento lhe aceite por esmola” ao que ela respondia “e a vocês as passadas”.
A perspectiva da chegada desse dia enchia-nos de entusiasmo.
Os luxos no que toca a vestuário e calçado apareciam. O alfaiate trabalhava de serão e madrugada. O Silvino, não dava mãos a medir. Era a 1.ª e a 2.ª prova.
Os alinhavos para tirar, o ferro a carvão, o petromax para alumiar…
No dia da festa os homens e rapazes vestiam a rigor: fato e gravata, bolsos com amêndoas para adoçar a boca das raparigas. Elas, por sua vez vestiam à moda, mais viradas para o Verão nas suas roupas.
A Pascoela porém ainda gosta e gostou sempre de trazer ali um pedaço do clima invernoso. Desta maneira o frio, vem entrar pelas sedas e instala-se no corpo.
À missa solene ia toda a gente. A parte religiosa terminava com a procissão onde o padroeiro S. Bento ia a abençoar o povo.
Seguia-se o arraial. As famílias levavam os farnéis e às vendas, ali instaladas, também iam buscar o vinho e bebidas. Entre duas pedras faziam fogueiras e da panela de barro saía o café quentinho em tigelas colocadas sobre uma pequena mesa. Os folares, partidos aos bocados acompanhavam o café.
O sino de bronze e os foguetes, a música da banda filarmónica, as pessoas vindas de longe eram atracção.
Vendiam-se ofertas em leilão – bolas, chouriças eram ofertas para S. Bento.
Se chovia era pior. Reinavam os chapéus abertos, mas se o sol brilhava era com pena que o víamos desaparecer no horizonte.
A Pascoela, no mesmo local, tem hoje outras condições. Ninguém leva farnel porque há restaurantes e bares.
A Pascoela é um ponto de referência na vida das gentes sambentonenses. O grupo “Pedras Soltas” traz ideias e inovações e a parte religiosa é preparada por sacerdotes, a equipa que rege a freguesia.
A Pascoela está quase aí!
Quantas gerações por ali têm passado e quantos, como eu, recordam, dias destes de um passado já distante.
E nós estaremos lá, se Deus quiser. Os que não podem estar, uma lágrima de saudade descerá do seu rosto. A nossa terra está sempre dentro de nós. Acompanha os nossos dias.
Lá vinha a minha mãe com uma garrafa de azeite, uma tigela de milho ou uma chouriça.
“Que S. Bento lhe aceite por esmola” ao que ela respondia “e a vocês as passadas”.
A perspectiva da chegada desse dia enchia-nos de entusiasmo.
Os luxos no que toca a vestuário e calçado apareciam. O alfaiate trabalhava de serão e madrugada. O Silvino, não dava mãos a medir. Era a 1.ª e a 2.ª prova.
Os alinhavos para tirar, o ferro a carvão, o petromax para alumiar…
No dia da festa os homens e rapazes vestiam a rigor: fato e gravata, bolsos com amêndoas para adoçar a boca das raparigas. Elas, por sua vez vestiam à moda, mais viradas para o Verão nas suas roupas.
A Pascoela porém ainda gosta e gostou sempre de trazer ali um pedaço do clima invernoso. Desta maneira o frio, vem entrar pelas sedas e instala-se no corpo.
À missa solene ia toda a gente. A parte religiosa terminava com a procissão onde o padroeiro S. Bento ia a abençoar o povo.
Seguia-se o arraial. As famílias levavam os farnéis e às vendas, ali instaladas, também iam buscar o vinho e bebidas. Entre duas pedras faziam fogueiras e da panela de barro saía o café quentinho em tigelas colocadas sobre uma pequena mesa. Os folares, partidos aos bocados acompanhavam o café.
O sino de bronze e os foguetes, a música da banda filarmónica, as pessoas vindas de longe eram atracção.
Vendiam-se ofertas em leilão – bolas, chouriças eram ofertas para S. Bento.
Se chovia era pior. Reinavam os chapéus abertos, mas se o sol brilhava era com pena que o víamos desaparecer no horizonte.
A Pascoela, no mesmo local, tem hoje outras condições. Ninguém leva farnel porque há restaurantes e bares.
A Pascoela é um ponto de referência na vida das gentes sambentonenses. O grupo “Pedras Soltas” traz ideias e inovações e a parte religiosa é preparada por sacerdotes, a equipa que rege a freguesia.
A Pascoela está quase aí!
Quantas gerações por ali têm passado e quantos, como eu, recordam, dias destes de um passado já distante.
E nós estaremos lá, se Deus quiser. Os que não podem estar, uma lágrima de saudade descerá do seu rosto. A nossa terra está sempre dentro de nós. Acompanha os nossos dias.
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